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domingo, 22 de julho de 2012

Vida e obra de Glauber Rocha em documentário de Silvio Tendler



Inédita no SescTV, a produção traz depoimentos do próprio Glauber e de nomes como Paulo Autran, Darcy Ribeiro, Nelson Pereira dos Santos, Arnaldo Jabor, João Ubaldo Ribeiro, Zuenir Ventura, Cacá Diegues e Othon Bastos

Dia 29/07, domingo, às 23h
  

“Glauber era um homem sem claquete”, diz o cineasta e articulista Arnaldo Jabor. Para o pesquisador italiano Adriano Pia, “Glauber era um cidadão do mundo”. Já o escritor francês Régis Debray define Glauber como “um nacionalista revolucionário, um artista, uma pessoa generosa”.  Diversos são os comentários e as lembranças que mais de 30 amigos, colegas e conhecidos de Glauber Rocha expõem no documentário Glauber o Filme, o Labirinto do Brasildirigido por Silvio Tendler. Na produção, o perfil e a obra de um dos principais nomes do Cinema Novo.
 
  
A produção, que estreia no dia 29/07, domingo, às 23h, no SescTV, exibe imagens inéditas do velório e do funeral de Glauber, em agosto de 1981, pontuadas por vídeos de diversas fases da vida do cineasta, que morreu vítima de septicemia (bactérias no sangue), aos 42 anos de vida. 
  
Depoimentos dos escritores e jornalistas João Ubaldo Ribeiro e Zuenir Ventura; dos cineastas Cacá Diegues e Orlando Senna; do antropólogo Darcy Ribeiro; dos atores Paulo Autran, Othon Bastos, Helena Ignês; dos atores e cineastas Hugo Carvana e Norma Bengell; entre outros, rememoram o amigo e o homem que mudou a história do cinema, alterando conceitos culturais do Brasil e influenciando cineastas. 
  
O documentário recorda o início da carreira de Glauber, quando, aos 20 anos, ele dirigiu seu primeiro filme O Pátio (1959); e os outros que produziu, alguns fora do Brasil. Entre eles estão: Barravento (1962), Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967); e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969). Com este, Glauber recebeu o prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes, na França. 
  
Expõe os 20 anos que o cineasta dedicou ao cinema brasileiro, dirigindo 15 filmes, além de ensaios, romances e peças teatrais. Comenta o início da doença; a morte; e acompanha o velório e o enterro. Neste, Darcy Ribeiro fala sobre o amigo e relembra o dia em que Glauber, abraçado a ele, chorava muito. “Glauber chorava a dor que nós devíamos chorar. Era a dor de todos os brasileiros.” “Glauber viveu entre a esperança e o desespero, como um pêndulo frouxo”. 
  
A produção aborda o último filme de Glauber, A Idade da Terra (1980), apresentado por ele na Mostra de Veneza. A crítica foi ruim, o público e até seus fãs não entenderam o filme, decepcionando o cineasta. Glauber protestou o resultado da premiação – que proporcionou o primeiro lugar ao cineasta Louis Malle - promovendo uma passeata por Veneza. 
  
A produção também revela o exilo de Glauber em 1971, por não aceitar o regime militar, passando por Nova Iorque, Paris, Roma, Chile, Peru, Cuba e Portugal; mostra o seu encontro, em Paris, com João Gulart (Jango) – Presidente do Brasil de 1961 a 1964; e o elogio que fez aos militares, causando polêmica. Narra o jeito como Glauber se comportava e trabalhava; sua relação com os atores; suas alegrias e frustrações; e a sua visão sobre o cinema brasileiro. Contempla ainda, entre outros temas, o encontro de Glauber com a atriz Helena Ignez; sua prisão, em 1965, por protestar contra a ditadura militar; a sua amizade com o escritor Jorge Amado; e a sua relação com as drogas. 
  
  
Documentário 
  
Glauber o Filme, o Labirinto do Brasil 
Direção: Silvio Tendler 
Estreia: 29/07, domingo, às 23h 
Reapresentações: 03/07, sexta, às 24h; 05/07, domingo; às 23h; 
Classificação Indicativa: 16 anos 
Produtora: Caliban Produções Cinematográficas 
Fotografia: Walter Carvalho. 
  
Entrevistados: João Ubaldo Ribeiro, jornalista e escritor; Zuenir Ventura, jornalista e escritor; Gustavo Dahl, cineasta; Mario Carneiro, cineasta; Helena Ignez, atriz; Cacá Diegues, cineasta; Orlando Senna, cineasta; Darcy Ribeiro, antropólogo; Maria Lucia Godoy; Fernando Birri, cineasta argentino; Lino Miccichè, crítico italiano; Pedro Del Picchia, jornalista e escritor; Ana Maria Magalhães, cineasta e atriz; Albino Castro Filho, jornalista; Sérgio Ricardo, compositor e cineasta; Arnaldo Jabor, cineasta e articulista; Zelito Vianna, cineasta; Rubens Gerchman, artista plástico; Jards Macalé, compositor; Manduka, músico e artista plástico; Neville d’Almeida, cineasta; Luis Carlos Barreto, fotógrafo e produtor; Nelson Pereira dos Santos, cineasta; Luis Carlos Maciel, escritor; Paulo Gil Soares, cineasta; Arnaldo Carrilho, diplomata e articulista; Othon Bastos, ator; Hugo Carvana, ator; Paulo Autran, ator; Sylvie Pierre, cineasta e crítica de cinema; Fabiano Canosa, produtor cultural; Andrés Racz, cineasta chileno; Norma Bengell, cineasta e atriz; Régis Debray, escritor; Paul Leduc, cineasta mexicano; Adriano Aprà, pesquisador italiano; João Carlos Teixeira Gomes, jornalista e escritor; César Saraceni, cineasta. 
  
Filmes: O Pátio (1959); Cruz na Praça (1959); Barravento (1962); Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964); Terra em Transe (1967); Câncer (1968); O Dragão da Maldade Contra O Santo Guerreiro (1969); O Leão de Sete Cabeças (1970); As Armas e o Povo (1974), Claro (1976); Di Cavalcanti (1976); A Idade da Terra (1980). Trechos de “Cinema Novo”, de Joaquim Pedro de Andrade. 
  
Para sintonizar o SescTV 
Canal 3, da Sky 
Canal 137, da NET Digital nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro 
Canal 28, da Oi TV 
Canal 227, da CTBC 
Canal 228, da GVT 

Em outras cidades consulte: www.sesctv.org.br 

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